ATE QUE A MORTE NOS SEPARE.

Sobre a ANαα

Seja uma boa menina, você tem que tentar um pouco mais, aquilo simplesmente não foi o suficiente.

Quando o meu maior inimigo é o meu próprio reflexo no espelho; quando eu sinto que vou desmoronar; quando as minhas lágrimas (companheiras constantes) secam; fico diante de um dilema: tentar me adaptar a um mundo "normal" ou continuar em busca da "perfeição"?

Então me lembro de tudo o que passei pra chegar até aqui e decido que tanto sofrimento não terá sido em vão.
Escolho manter minha cabeça erguida respiro fundo e sigo em frente; um dia de cada vez.
"Apenas mais um dia"... E assim passam-se as semanas e os meses e eu fico mais perto da minha meta: olhar no espelho e não me odiar... ou talvez não. É tudo muito relativo.

E No silêncio da noite, deitada em minha cama, sou capaz de ouvir o choro da inocente criança que se perdeu dentro de mim.
Ela está triste e pede pra que eu pare com essa loucura; implora por um sorriso de alegria ao invés de prazer na autopunição.
No momento eu sei que não estou pronta pra desistir de tudo o que consegui até aqui e a única coisa que eu posso fazer é consolar essa criança dizendo: "Mantenha-se forte minha garotinha... é só por mais um dia, eu prometo..."
Então, conformada ela se cala, mesmo sabendo que isso é apenas mais uma mentira conveniente.

Juro que tento ser o mais honesta comigo mesma , achei que seria tudo mais facil ,realmente querida, odeio te amar. Odeio precisar de você. Não sei onde eu estava com a cabeça quando te deixei entrar na minha vida. Achei que seria fácil me livrar de você depois, mas estava enganada... Você não vai me deixar tão cedo. Selamos um acordo de "até que a morte nos separe" e eu receio que a morte em questão seja a minha...
Antes eu me entregava a você porque me fazia bem, hoje é porque não tenho escolha; se tornou um hábito, e afinal de contas, a dor do corpo não é nada comparada com a culpa.
Eu olho para o espelho e vejo no que você me tornou. Eu vejo você no meu reflexo baby.
Aí eu pergunto: "afinal, quem é você?"
E como sempre, tu me responde com as palavras do poeta:
"Sou o sonho de tua esperança
Tua febre que nunca descansa
O delírio que te há de matar.

E este ano vai ser .. ATE QUE A MORTE NOS SEPARE.